UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
Práticas autogestionárias, IPW050
Quinta-feira, 13h-16h30 – Sala 9
Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2013.
Carxs participantes do curso Práticas autogestionárias,
elaboramos esta apresentação para que todos tomem conhecimento da proposta do curso e das atividades já realizadas até este momento. A leitura deste texto constitui ação importante para integração de todxs nesta proposta de autogestão.
Breve apresentação do curso Práticas autogestionárias
1. A proposta inicial e o histórico de encontros.
1.1. A proposta inicial, formalizada em maio de 2013, foi criar um curso na grade de disciplinas do Instituto de Psicologia da UFRJ para estudar e praticar autogestão. A ideia foi elaborada por estudantes de graduação que convidaram professores para, juntos, construir o curso.
1.2. O aspecto inovador da proposta é autogestionar um curso. Pretende-se realizar um curso sobre autogestão de forma autogerida. Tal empreendimento, notamos de imediato, implica inovações na construção coletiva de um programa, da dinâmica de aulas, do cronograma, uma profunda alteração na relação professor/estudante entre outros aspectos ainda não mapeados.
1.3. Enfatizamos a aposta de que o curso se configurasse como uma disciplina formalizada no Instituto de Psicologia. Tivemos então que elaborar um programa de curso para submeter à aprovação dos Departamentos e da Congregação, cadastrar a disciplina na secretaria da Graduação com um código interdepartamental e incluí-lo na grade de disciplinas de 2013.2. Todos estes passos empreendidos ordinariamente por professores contou com a participação de estudantes interessados e cumpriu o cronograma e as etapas regulares estipulados pela Universidade.
1.4. Para que o curso saísse do campo das ideias, viesse a ser implementado na grade regular do Instituto de Psicologia e divulgado, houve um trabalho realizado ao longo de meses (de maio a agosto) composto por reuniões, comunicados, elaboração de programa, lista de interessados, divulgação, conhecimento da burocracia do Instituto de Psicologia e ações para tramitação da proposta. Reconhecendo o trabalho realizado e considerando importante a exposição às novas pessoas que não participaram desse processo inicial, este documento foi elaborado para divulgação e – aspecto mais importante – horizontalização das relações.
1.5. O número de vagas foi inicialmente planejado em 45 mas, recentemente, analisando a demanda decidimos dobrá-lo. Tal alteração foi objeto de amplo debate porque consideramos que o número de participantes pode dificultar a autogestão. Decidimos não nos render a esta possível dificuldade e empreender o curso com este número de participantes.
2. A dinâmica proposta para o curso
Ao longo dos últimos meses de trabalho para construir o curso empreendemos diversas atividades, elaboramos alguns produtos (sujeitos a transformação) e identificamos algumas dificuldades.
Elaboramos um programa de curso, criamos um blog e grupo no FB, fizemos algumas reuniões. O programa do curso foi criado no mesmo dia em que a proposta foi apresentada e o convite foi feito para os professores e tal rapidez deveu-se às exigências da burocracia do Instituto de Psicologia e da universidade. O programa foi divulgado no blog, criado logo após, e foi objeto de significativas complementações temáticas e de referências bibliográficas e de outra natureza. A agilidade inicial foi acompanhada de certa morosidade nos meses seguintes em decorrência, julgamos, do aspecto inusitado do curso e de nosso cotidiano já intenso.
Percebemos, por exemplo, como convocar, participar e deliberar nas reuniões era trabalhoso. Havia dificuldades em marcar dia, em participar, em deliberar e divulgar as deliberações. O funcionamento em assembleia de todas as reuniões também impunha dificuldades na implementação das ações. Decidimos em certo momento – premidos pelo início do curso – em distinguir modos de funcionamento das reuniões e consideramos importante criar grupos de trabalho (GT) para operacionalizar as deliberações. Decidimos que as deliberações serão feitas em assembleias, mas as ações serão implementadas por grupos abertos que se configuram ad hoc. Os grupos são abertos e devem realizar as atividades programadas, estando sujeitos a reconfigurações.
Existem atualmente dois grupos, a saber, GT Comunicação e GT Processo. O GT Comunicação, composto por Bruno Foureaux, Francisco Portugal e Pedro Legey, deve aprimorar as formas atuais de comunicação, acompanhar as comunicações ao longo do curso e organizar o histórico do curso. O GT Processo, com quadro vasto e ainda por se definir, organiza a proposta pedagógica do curso, seus processos e seu cotidiano.
Apresentamos uma proposta de programa de curso prevendo dias para deliberações em assembleia e aulas regulares. Tal proposta será apresentada em seu primeiro dia e está sujeita a modificações conforme decisão coletiva.
3. A comunicação
O GT comunicação empreenderá suas comunicações preferencialmente pelo blog do curso – https://praticasautogestionarias.wordpress.com – e por meio de folhetos e mensagens eletrônicas. É de vital importâncai que todxs xs inscritxs no curso acessem o site e se cadastrem como seguidorxs (basta acessar o site e clicar no canto direito inferior da tela o botão “seguir”), facilitando a circulação das informações e decisões. Esta ação fará que toda postagem seja comunicada a todxs, entre outras possibilidades.
Reproduzimos abaixo o link do relato de um dos participantes que discorre sobre os primeiros passos deste projeto.
Palavras primeiras de um caminho caminhado